O uso de jogos em sala de aula está cada vez mais frequente. Com o propósito de atrair a atenção do aluno e ensinar de uma forma mais divertida, surgiu até um termo para isso – “gamificação”. Entre os líderes da lista está Minecraft, jogo que permite criar qualquer estrutura usando blocos. O colégio Porto Seguro, localizado na região do Morumbi em São Paulo, utiliza o game nas aulas de história. Depois de aprender a teoria, os alunos são convidados a recriar no universo digital do game o que aprenderam.
Além do famoso game que foi lançado em 2011, a lista de opções não para de crescer. A Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, desenvolveu o Portal Ludo Educa Jogos, onde estão reunidos diversos jogos educativos e com acesso gratuito. Um dos jogos tem como objetivo auxiliar no processo de alfabetização – Ludo Primeiros Passos, que foi lançado em 2012 e finalista na categoria de jogos educativos da Games Show do mesmo ano.
Para Raphael Braga, diretor de produtos da escola de desenvolvimento de jogos e entretenimento digital, Redzero, escola com pouco mais de três mil alunos entre 10 e 18 anos, a educação a partir do jogos é uma forma de estimular a capacidade cognitiva. “As diferentes mídias que compõem um game contribuem ainda para a interação com outras pessoas, o tratamento de fobias, conhecimento de outras línguas e culturas, bem como fortalecimento do trabalho em equipe”. Braga também cita que os jogos têm foco não somente no conteúdo a ser transmitido, mas também no desenvolvimento de outras habilidades “Os games ajudam estudantes a desenvolver habilidades relacionadas à tomada de decisões, entendimento de regras, capacidade de resolução de problemas, raciocínio rápido, estratégia, antecipação e perseverança”finaliza.