Sucesso do final da década de 50, a versão original de Ben-hur , foi dona de onze premiações, sendo referência para os amantes do cinema até hoje. Apostando em um desfecho totalmente diferente do original, chega hoje aos cinemas o remake , que no elenco está Jack Huston, Rodrigo Santoro e uma grande fera do cinema, Morgan Freeman.
Mesclando linguagem contemporânea e cenários bíblicos, o remake de Ben Hur não se classifica como uma das grandes produções para o ano, mas também não deixa de despertar o interesse. Jack Huston vive Judah Ben-Hur, um príncipe judeu da Palestina que não se envolve com questões politicas com Roma, por desejar a paz para seu povo. Messala, interpretado por Toby Kebbell, é o irmão adotivo de Ben Hur , acolhido pela nobre família ainda criança. De origem romana, Messala é desprezado pela mãe de Judah, e mesmo sendo apaixonado pela irmã adotiva, parte para explorar um novo mundo, ao lado do exército romano. Anos se passam , e Messala retorna à casa dos Ben Hur já com uma alta patente. O laço de amor que ainda existia é desfeito após um atentado ao comandante do exército romano e quem é dado como culpado é Judah.
Mesmo com algumas falhas, como imagens tremidas durante cenas de ação, o longa desperta o interesse por trazer elementos clássicos com uma linguagem muito próxima do público atual. A atuação de todos do elenco também entra para a lista de pontos positivos. Em poucas cenas, Santoro conquista o espectador com uma versão de Jesus humana, simples e contemporânea.
O remake apesar de ter como ponto de partida os elemento da versão original, parte para um lado totalmente oposto – o perdão. Além de ter um forte apelo emocional, o novo Ben-Hur é um filme de ação com uma dose extra de drama. Pobre em fotografia, apesar de belos cenários, as melhores cenas estão nas partes finais.
Vale a pena? Vale! O filme não é ruim e peca pouco. Claro que não está entre as melhores produções do ano, mas não é também um fracasso. Só de apostar em mostrar um “final” diferente para a história de dois irmãos que eram tão próximos, já vale. Como já dito, até mesmo o tremido pode entrar como metáfora para a falta de conhecimento do eu interior de cada irmão. Judah era um príncipe que nunca precisou vencer algum desafio e Messala era o garoto romano que cultuava deuses que não eram os mesmos de sua família. Mesmo com a vontade de vingança, o perdão é conquistado.