Dizer que “Mulher Maravilha” é a melhor obra recente para o cinema da DC não é novidade, já que nos últimos dias, uma enxurrada de críticas nacionais e internacionais já apontavam a produção como o novo start para o “Universo DC”. Em meio a tantos elogios, cabe pautar o motivo de a produção dirigida por Patty Jenkins estar causando tantos feedbacks positivos.
Roteiro – Primeiramente, a produção apesar de pequenas falhas, não comete os mesmos erros de produções anteriores como Batman vs. Superman e Esquadrão Suicida. Em segundo, por se tratar de uma heroína com mais de 76 anos de história, a produção se permitiu contextualizar a aventura solo como um filme de época e esse foi sem dúvida um dos principais acertos.
Com roteiro de Allan Heinberg, a produção não deixa de lado detalhes que ligam a história de Diana à mitologia grega. Desde pequena, a princesa anseia por aprender a lutar e se integrar à força amazona. O longa deixa bem claro o por que de tanto treinamento – as amazonas foram enviadas por Zeus para tranquilizar a terra e também para deter Ares, o Deus da Guerra. Mesmo contra a vontade da mãe, a Rainha Hipólita, Diana(Gal Gadot) começa seu treinamento e tem entre os planos ser a amazona que deteve Ares, que ninguém sabe ao certo se está vivo ou morto. Sem nenhum contato com o mundo exterior, Diana passa se interessar em sair da Ilha após a queda do avião de Steve Trevor (Chris Pine) , um piloto americano infiltrado no exército alemão. Pressentindo que a grande guerra é fruto de Ares, a princesa decide ajudar Trevor a sair da Ilha em troca do auxílio para encontrar ares.
Se construindo com boas doses de ação e momentos de humor, a produção consegue segurar a atenção de quem assiste. Algo que chamou muito a atenção são as cenas de ação – a câmera acompanha os movimentos da personagem sem parecer que tudo está dentro de um liquidificador. A qualidade de filmagens foi algo muito criticado em produções anteriores DC, principalmente em Batman vs Superman, mas pelo jeito uma nova solução foi encontrada.
Outro ponto que deve ser ressaltado e que pode até causar certa sensação de ambiguidade é, a produção não trouxe heróis do universo DC – Diana é o centro e ponto. Claro que está extra plano a presença de Bruce Wayne, mas a produção conseguiu contextualizar o apoio do Batman sem tirar o brilho ou inventar um motivo para que algum outro herói participasse do filme. Mulher Maravilha merecia ter seu espaço e brilha como um dos pilares da DC e conseguiu.
Sobre atuação, nem precisa falar que Gal Gadot se entregou muito bem a personagem desde sua primeira aparição, que na minha opinião, foi um dos grandes momentos de Batman Vs Superman – A origem da Justiça. Em “Mulher Maravilha”, a atriz está ainda mais à vontade e literalmente faz jus ao papel. Figurino, cenários e locações também remontam à ideia de um filme de época e torna tudo ainda melhor.
Outra coisa que gostei é o fato de não atribuírem complemento ao título do filme. É ” Mulher-Maravilha ” e ponto. Essa simplicidade carrega identidade, carrega os mais de 70 anos da personagem e carrega o nome de uma das heroínas mais amadas. Com distribuição Warner Bros. Pictures, em parceria com com a Tencent Pictures e a Wanda Pictures e produção da Atlas Entertainment/Cruel and Unusual, o longa estreia quinta, 1 de junho.