Fadas, orcs, elfos e humanos – esse é o universo de Ward, personagem de Will Smith em Bright, produção da Netflix, Conferimos o longa no painel da Netflix durante a CCXP17.
Brincando com uma vasta mistura de gêneros, Bright é a primeira grande produção de longa metragem da Netflix, e , apesar de alguns erros de roteiro e ritmo, entrega um universo curioso.
Com direção de David Ayer, o longa mostra uma enxurrada de acontecimentos ao longo de uma noite. Ward, personagem de Will Smith é um policial, que está voltando ao trabalho, após ser baleado durante uma perseguição. Frustado por não ter tido a cobertura de seu parceiro, Nick Jacoby(Joel Edgerton) – primeiro orc a se tornar policial, Ward ao retornar ao trabalho tenta convencer os superiores sobre a necessidade de um novo parceiro. Não tendo êxito na troca e também percebendo o desprezo dos outros policiais, Ward e Jacoby partem para mais um dia, que contraria qualquer versão de rotina de trabalho.
Em um mundo que é habitado por orcs, humanos , fadas e elfos, a produção de Ayer gira entorno da existência de uma varinha mágica que promete realizar qualquer desejo, mas que só pode ser manipulada por um seleto grupo de indivíduos – os Bright. A disputa pelo mágico artefato gera em uma única noite uma verdadeira guerra pelo controle do local.
Mostrando mais uma vez muito carisma e o jeito único de atuar, Will Smith compõe Ward de forma que o público possa perceber algumas características com o personagem vivido em MIB – Homens de Preto. O ator também convence com a atuação nos momentos de conflito, principalmente por dispensar o uso de dublês, como comentado por Smith no painel sobre a produção na CCXP17. Essa característica de Smith está entre os pontos altos da produção. O filme de modo geral, merece elogios, até mesmo por trazer uma história inusitada e bem diferente dos tradicionais roteiros de história policial.
Com cenas eletrizantes, boa dose de humor e a mensagem sobre os reais valores da amizade, família e lealdade, a produção peca um pouco no ritmo – há cenas um tanto quanto desnecessárias, mas que pontuam as escolhas da direção. O que importa é que, independente de qualquer detalhe , Bright é engraçado, forte, vibrante e encantador. Ao todo, o filme tem 1h 57min e já estreia amanhã no Netflix.