Diferente de muitos filmes de espionagem, “Operação Red Sparrow” pode até não ser o filme do ano, mas com toda certeza marca uma das melhores atuações de Jennifer Lawrence. Mas o que faz o filme ser diferente e por qual motivo J.Law merece todo o mérito por sua atuação? Antes tudo, é comum filmes que tenham como proposta uma narrativa sobre espionagem priorizar a ação e eliminar o suspense ou vice e versa. Sob a direção de Frances Lawrence ( Constatine,2005), o longa é inspirado no livro “Roleta Russa” e conta a história de Dominika Egorova( Jennifer Lawrence) , uma jovem russa que é estrela do Bolshoi e após um acidente, o sonho de brilhar nos palcos, deixa de existir. Motivada a encontrar uma forma de ajudar a mãe doente, Dominika é obrigada a aceitar uma proposta do tio, militar do governo russo e é usada de isca para descobrir informações úteis para o Estado, mas as coisas fogem do controle e Egorova é obrigada a continuar à serviço do governo russo, pondo à prova quem realmente é.
O filme é complexo – entrega dicas ao espectador, mas no fim, o que aparentemente era óbvio, se revela com um jogo de pura manipulação e altera o final de forma brilhante. Jennifer Lawrence exibe sua melhor atuação e claro, o papel colabora. JLaw na pele de Dominika Egorova protagoniza excelentes cenas de ação, algo que já é nato da atriz, mas que em “Operação Red Sparrow” é maximizado. Dominika tem elementos de ” Atômica” e uma versão feminina de James Bond, onde a sedução é a principal arma para conseguir os objetivos. Dessa forma, o roteiro da produção consegue levar as telas o misto entre ação e suspense, provando que não é necessário escolher apenas um dos elementos para compor um bom filme de espionagem. Além de Egorova, todos os demais personagens conseguem mostrar profundidade ao espectador. Esse recurso de construção, torna a produção mais atrativa para prender a atenção de quem assiste ao longo dos 133min de filme. A produção tem chance de indicação ao Oscar de Melhor Atriz com Jennifer Lawrence e Fotografia.